domingo, 28 de agosto de 2011

COLUCHE, Retrato de um "enfoiré"

Hà 25 anos morreu um imortal...

Mesmo se ele nos deixou, Coluche sempre esta vivo na cultura Francesa, no coração do povo, na ação social que ele criou, e nas piadas que com o passar dos anos tornam-se mais atual.

Camisa amarela debaixo de uma macacão de tecido "jeans", nariz pintado de vermelho, cabelos cortados de modo bem pessoal, chegando com um ar meio idioto. Essa é a imagem mais famoso de seus espectáculos, o personagem que lhe abriu a celebridade: a caricatura de um jovem urbano pouco esperto, influenciado pela propaganda e os medias e que tem opinião sobre tudo.


Acostumado de falar bem alto o que muitos pensam em segredo, Coluche ganha popularidade e controversa, luta contra a forte censura mediática dos anos 70 e 80. "Grosseiro mais nunca vulgar" como assim dizia, sua fala incomodou porque tinha pouca reserva, mas mesmo ultrapassando os limites predefinidos pela sociedade, ele sempre foi o porta-voz dos oprimidos, das minoridades, dos que ninguém representava na época. Assim temas como racismo, homosexualidade, desigualdade sociais eram o fundo de suas intervenções, conquistando o amor do povo e o medo do mundo mediático-politico. Foi demitido de vários programas de radio por causa de sua insolência mediática.

Em 1980, Coluche decide se candidatar nas eleições presidencial afim de "chatear a direita toda até a esquerda" e porque um clima de desilusão politica invadiu o pais. Mesmo se no inicio for uma brincadeira afim de descreditar os políticos, ele rapidamente chegou a ter 16% de apoio segundo as pesquisas de opinião, isso sem propor nenhuma programa politica.

Após 6 meses, e muita pressão politica como ameaças de morte e o assassino de um amigo dele, Coluche desiste de se candidatar. Fim da pseudo carreira politica mas inicio da sua ação social.Cinco anos depois, ele chamou a atenção dos medias e das empresas afim de patrocinar um tipo de "cantina de graça" que ajudaria as pessoas com dificuldade. Juntando músicos, atores, celebridades de todos os campos prontos a trocar sua imagem na promoção do que se tornou a ser os "restos du coeur" (os restaurantes do coração), Coluche criou os "enfoirés" (literalmente as "fodas"). Apelido contraditório e chamativo como sempre foram suas criações, "as fodas" ainda estão presente hoje em dia afim de manter o sonho de Coluche que infelizmente faleceu um ano depois do lançamento do projeto num acidente de moto cujas circunstancias ainda demoram obscuras. Demais popular, demais satírico da sociedade e do mundo politico, incomodava muitos, mas mais ainda lhe amava.


Algumas citações:

"Como a gente vote há 30 anos para pessoas competentes (e que não deu certo), proponho hoje de votar para um idioto que não conhece nada, sendo eu."

"Na câmara dos deputados, a metade são bons para nada (burros), a outra prontas para fazer tudo (para conseguir)"

"Tem dois tipos de justiça, quando o advogado conhece bem a lei, e quando o advogado conhece bem o juiz!"

"A politica não é difícil como trabalho! Faça cinco anos de direito (reto em Francês), e o resto tudo torto!"